A aquisição daquelas qualidades citadas anteriormente, tem como alicerce os três princípios filosóficos definidos por Jigoro Kano que, como ditado por ele mesmo evidenciam a principal diferença entre o Judô Kodokan e o antigo Jujutsu:
Para poder entender a razão e a dimensão pretendida por essa mudança, deve-se buscar e interpretação no processo histórico que envolve o cultivo do Budô nas antigas formas de artes marciais do Japão.
“O Judô pode ser resumido como a elevação de uma simples técnica a um principio de viver”
Esses princípios, mesmo não sendo conscientemente esclarecidos e compreendidos, estão presentes em todos os atos e atividades do praticante de judô. Por outro lado, quando o praticante tiver fixado e tomar consciência dos princípios que norteiam o Judô, pode-se verificar que não são restritos ao Dojô, mas são igualmente válidos em qualquer atividade da vida diária, quando se pretende atingir um determinado objetivo.
Os Princípios
- Ju = Suavidade
- Seiryoku Zenyo = Máxima Eficiência com o Mínimo Esforço
- Jita Kyoei = Bem Estar e Benefícios Mútuos
O princípio da máxima eficiência é aplicado à elevação ou à perfeição do espírito e do corpo na ciência do ataque e da defesa, exige primeiramente ordem e harmonia de todos os membros de uma coletividade e isto pode ser atingido com o auxílio e as concessões entre si para atingir a prosperidade e os benefícios mútuos.
O espírito final do judô, por conseguinte, é de incutir no íntimo do homem o respeito pelos princípios da máxima eficiência, da prosperidade e benefícios mútuos e da suavidade, para poder atingir, individualmente e coletivamente seus estados mais elevados e ao mesmo tempo mais desenvolvidos na arte de ataque e defesa.
“Ainda que eu considere o Judô dualistamente, a prosperidade e benefícios mútuos pode ser vista como sua finalidade última e a máxima eficiência como meio para atingir esse fim. Essas doutrinas são aplicáveis a todas as condutas do ser humano”
Jigoro Kano
(Fonte: FPJUDÔ)